O Elastômero Termoplástico de Poliuretano é um material que tem algumas particularidades em seu processamento e, para trabalhar com ele, é preciso entender melhor sobre essas características para conseguir um processamento do TPU com  qualidade.

Quando abordamos esse tema, temos que levar em consideração todas as etapas do processo produtivo a fim de entender e conhecer como conduzir todas elas de maneira correta a fim de evitar problemas produtivos. Pensando no início do processo, temos a escolha do TPU ideal. 

Quando falamos da escolha do TPU, temos que levar em consideração as características técnicas e exigências da aplicação, como por exemplo, se a aplicação terá contato constante com água, pois esse requisito é determinante para definir se será necessário um TPU base poliéster ou base poliéter.

 Se a aplicação exige resistência à hidrólise, a melhor opção é o TPU base poliéter. Por isso, é muito importante passar todas as informações sobre a aplicação ao representante que irá indicar o material ideal.

A preparação e o condicionamento do TPU também são pontos importantes para o processamento, pois ele é um material extremamente higroscópico, ou seja, tem a característica de absorver umidade. A umidade é um dos maiores fatores de refugo, então, ter um equipamento adequado, que de fato utilize ar quente sem umidade na hora da secagem é de extrema importância para se manter a qualidade do produto e evitar refugo.

Além de tudo isso, a limpeza da máquina e a preparação do molde, também são fatores importantes dentro desse conjunto de segredos para um bom processamento. 

Até agora abordamos características que são de extrema relevância antes de se iniciar a produção, mas e o processamento de TPU? Quais os segredos que são importantes conhecer para se ter um processo eficiente?

Como ter um processamento do TPU com qualidade?

Toda a preparação do processamento do TPU tem que ser muito bem realizada e todos os elementos envolvidos, tanto da máquina quanto do molde, devem estar muito bem dimensionados. Assim, o processo consegue ser eficiente e sucedido.  

Os elementos que temos que analisar e dimensionar corretamente na máquina injetora e no molde são:

  • Parafuso injetor – se não estiver com dimensional correto, pode causar cisalhamento e degradar o material.
  • Bico injetor – se não estiver com dimensional adequado, pode parar material no bico e durante o processo esse material se degrada e fica sendo arrastado, o ideal é usar bico cônico. 
  • Poço frio – importante para recolher material frio na frente de fluxo antes de entrar na cavidade do molde, para se ter um preenchimento correto.
  • Saída de gás – assim como o poço frio, é ideal para ajudar no preenchimento correto da cavidade do molde.
  • Canais de injeção – dimensional maior que para termoplásticos tradicionais e com seção cilíndrica.
  • Balanceamento – a distribuição do material deve sempre ser balanceada naturalmente nas cavidades.

Quanto aos parâmetros de processo, os pontos de atenção são:

  • RPM – deve sempre ser médio, entre 60 e 80. Altas rotações provocam cisalhamento e reduzem a qualidade da resina.
  • Contrapressão – usar baixa contrapressão, entre 5 e 10 bar; se for alta, pode provocar cisalhamento do material.
  • Velocidade de injeção – deve ser a menor possível.
  • Pressão de injeção – média a alta; pode influenciar na estabilidade dimensional e na desmoldagem da peça, caso não esteja adequada.

Como enfrentar os desafios no processamento do TPU?

Um desafio grande que muitas indústrias enfrentam, é consolidar um processamento muito bem estruturado e dimensionado. O TPU tem suas particularidades, e ter conhecimento e entendimento sobre essas características é fundamental para se evitar problemas ou para corrigi-los, caso se depare com alguns desafios em sua produção.

Buscar bons fornecedores e especialistas é fundamental para o seu projeto, além de munir toda a equipe produtiva com as informações e conhecimentos necessários para o processo produtivo seguir um fluxo constante com  qualidade e eficiência.

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Autor: Caroline Tirolla