O uso dos plásticos de engenharia para altas temperatura vem sendo cada vez mais constante, especialmente nas indústrias mais modernas. Trata-se de uma matéria-prima que oferece uma grande vantagem para os trabalhadores: o aumento da performance, resultando em mais produtividade e eficiência.
Os plásticos de engenharia para altas temperaturas surgem como substitutos em aplicações que antes, utilizavam peças metálicas. Isso porque seu potencial de resistência mecânica, térmica e à tração de ruptura tornam o produto mais do que recomendado.
Poucos imaginam que o plástico pode servir como insumo para atividades em altas temperaturas, afinal, quem tem um mínimo de conhecimento sobre o material sabe bem que em contato com o calor, ele se torna mais maleável. Porém, o plástico de engenharia não é assim.
Para entender melhor sobre a aplicação e funcionalidade desse tipo de plástico, separamos a seguir tudo o que você precisa saber e como funciona. Continue a leitura para entender!
Como funcionam os plásticos de engenharia para altas temperaturas?
Os plásticos de engenharia para altas temperaturas são capazes de resistir a temperaturas na ordem de 300ºC. Isso porque, os polímeros de engenharia são altamente resistentes ao calor, diferente dos tradicionais plásticos que conhecemos e que são utilizados em uma maior quantidade em aplicações do dia a dia pelos consumidores.
É por essa razão que os plásticos de engenharia são também chamados de “plásticos de alta performance”, justamente por oferecer às indústrias uma alternativa aos metais. Existem diversos polímeros que se classificam como plásticos de engenharia, podemos citar:
- ABS : Acrilonitrila butadieno estireno
- LCP: Polímero de cristal líquido
- LFRT: Termoplástico Reforçado com Fibras Longas
- PA 6 / PA 6.6: Compostos de Poliamida 6 e 6.6
- PBT: Polibutileno tereftalato
- PC : Policarbonato
- PCT: Poli-ciclohexilenodimetileno Tereftalato
- PET : Politereftalato de etileno
- PETG : Politereftalato de etileno glicol
- PE-UHMW: Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular
- POM: Polioximetileno Copolímero – Poliacetal
- PPO : Polióxido de Fenileno
- PPS: Polisulfeto de Fenileno
- PS: Poliestireno
- SAN : Estireno acrilonitrila
- TCPS: Polímeros Termocondutivos
Mas qual a vantagem de utilizar plásticos de engenharia para altas temperaturas?
- Os plásticos de engenharia não precisam ser lubrificados, evitando o uso de graxas;
- Os plásticos de engenharia não são condutores e variam em escala;
- Os plásticos de engenharia apresentam excelente resistência mecânica, substituindo com larga vantagem o aço, bronze, latão, etc.;
De maneira geral, é possível perceber que todos os “pontos fracos” ou desvantagens que usar metais apresenta para a indústria, são sanados quando se utiliza o plástico de alta performance. Dessa forma, é possível economizar tanto em tempo como também financeiramente.
Os plásticos de engenharia possuem propriedades superiores, como por exemplo fricção e deslize, economia de peso e resistência química. Mesmo quando colocados em contato com atmosferas mais quentes, isso não é um problema, já que os plásticos de engenharia para alta temperatura são capazes de suprir e resistir ao calor.
Essa categoria de plásticos é muito conhecida também como “termoplásticos modificados”, como o próprio nome já indica, tem sua fórmula modificada justamente para resistir a situações adversas.
Além disso, o plástico de alta performance (como também é conhecido) pode ajudar a economizar, deixando a aplicação mais leve e oferecendo excelente resistência química ao projeto final.
Por essas vantagens, o uso de plásticos de engenharia são relacionados principalmente a aplicações que precisam de resistência à abrasão, desgaste ou baixo coeficiente de atrito.
É possível utilizar esse tipo de plástico em temperaturas ainda mais elevadas?
Apesar de 300ºC ser um valor bastante elevado de temperatura, um plástico de engenharia pode ainda ser utilizado em operações com calor mais elevado. Para isso é necessário adicionar alguns reforços.
Fibras de vidro ou de carbono são as melhores opções para aumentar ainda mais a resistência dos plásticos de engenharia em altas temperaturas. Esses materiais são capazes de aumentar a rigidez e, como consequência, dar mais resistência à deformação e degradação ao calor.
Um benefício adicional que merece destaque, é que ao utilizar fibras de vidro ou de carbono os plásticos de engenharia para altas temperaturas são capazes de se aproximar das taxas de expansão térmica de algumas ligas metálicas, mas com a vantagem de não ser tão pesado quanto os metais.
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