Quando falamos em propriedade dos plásticos, uma das mais críticas e relevantes é a resistência ao impacto. Na transformação de plásticos, em muitos casos, o polímero apresenta um problema de fragilidade, a partir disso, surgiu a possibilidade de usar elastômeros como modificadores de impacto.
Para aplicações que necessitam de resinas com maior resistência ao impacto e que possuem requisitos técnicos elevados, há a necessidade de melhorar essa propriedade visando o atendimento dos requisitos exigidos pelo produto final.
E uma das maneiras mais utilizadas para melhorar essa propriedade crítica é incorporando, seja por mistura mecânica (blenda) ou através do processo de polimerização (copolímero), elastômeros como modificadores de impacto.
Esse método ajuda a aprimorar a característica de tenacidade dos polímeros frágeis, ajudando na absorção e dissipação da energia que é gerada no polímero quando sofre um impacto, para que esse impacto não seja destrutivo e não cause uma fratura no material.
Teste de impacto Charpy
Quais polímeros podem ter a resistência ao impacto modificada?
Na indústria de transformação de plásticos, o segmento automotivo é um dos setores que solicitam polímeros modificados ao impacto. Nos veículos temos muitas peças que sofrem esforço mecânico, devido a isso há uma solicitação mecânica superior ao que uma resina pura consegue suportar sem sofrer uma fratura.
Aplicações técnicas e que necessitam de propriedades de resistência ao impacto elevada podem ter suas resinas modificadas com elastômeros. As resinas mais encontradas no mercado e que podem passar por esse processo de modificação de impacto são:
- PP
- PA
- PS
- ABS
- PVC
Vale ressaltar que, quando falamos em polímeros, em alguns casos as suas propriedades não atendem aos requisitos exigidos pelas aplicações, como é o caso da resistência ao impacto. Se a resina definida para a aplicação não possui uma boa tenacidade, ou seja, uma boa resistência ao impacto, será necessário fazer uma blenda (mistura mecânica) da resina com um elastômero compatível a fim de melhorar a resistência ao impacto. Com isso o material consegue atender a todos os requisitos de resistência mecânica que a aplicação final exige.
Outro caso é a questão da utilização de plásticos reciclados, que é uma prática comum e bem consolidada na indústria de transformação de plásticos. Materiais que passam por mais de um processamento, tendem a sofrer alterações em suas propriedades.
Para garantir uma melhora de propriedade mecânica, especialmente a resistência ao impacto, o uso de elastômero através de mistura mecânica juntamente com uma resina reciclada ajuda a melhorar esta propriedade crítica e facilita a reutilização dessas resinas.
Quais elastômeros termoplásticos podem ser usados como modificadores de impacto em polímeros?
Sabemos que no mercado existem diversos elastômeros termoplásticos que podem ser usados para fazerem blendas, com a intenção de melhorar a resistência ao impacto das resinas que comentamos anteriormente. Os elastômeros termoplásticos que podem ser utilizados neste processo são:
- TPE – fase elastomérica de borracha SEBS (Estireno-Etileno-Butileno-Estireno) e fase plástica poliolefínica
- TPV – fase elastomérica à base de EPDM (borracha vulcanizada) e fase plástica poliolefínica
- SBS – fase elastomérica de borracha SBS (copolímero em bloco de Estireno-Butadieno-Estireno) e fase plástica poliolefínica ou estirênica
- TPU – fase elastomérica à base de poliuretano
- SBC – (copolímero em bloco de Estireno-Butadieno)
Para cada polímero existe um elastômero que seja compatível, para saber qual o elastômero ideal, consulte um especialista ou entre em contato com um representante que trabalhe com a venda de elastômeros para que posso auxiliar no seu projeto ou a entender melhor a necessidade da sua aplicação. Assim o material ideal será indicado para solucionar o seu problema.
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Autor: Caroline Tirolla